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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Vi e não gostei. Mas demorei menos que Marina, pra sair!


Continuando a série de motivos que me fizeram agir radicalmente, “jogar no ventilador” e revelar todos os motivos pelos quais estou saindo do PSDB, agora, vou explicar o meu caso com o diretório municipal do Rio de Janeiro.

“Estrela” da extinta Rede Mobiliza, eu fui muito elogiada, graças, e agradeço a cada um dos maravilhosos que admirou o meu trabalho. Foi lindo, foi uma campanha deliciosa, porque eu estava de fora. Não via a movimentação dentro do partido. Recebia ordens e só! Nós criávamos, nós inovávamos, mas eu não era política, eu era mobilizadora social num momento de eleição presidencial.

Eu sou uma pessoa considerada pela maioria como muito agitada, “acelerada”. Não sou diferente no trabalho! Frequentemente, estou fazendo duas ou três coisas ao mesmo tempo e consigo até eficiência nelas. Se não sei, vou procurar saber. Se sei e ninguém mais sabe, ensino ou faço, sou interessada e gosto MUITO de aprender. De tudo, quase!

Trabalhei na Rede Mobiliza PARA eleger José Serra presidente! Acreditei e acredito que ele merecia ter sido eleito. É um belíssimo gestor! Tem um sem número de defeitos que eu até já tive oportunidade de expor para ele, como a péssima mania de parecer que gosta de perder eleição! Entre outras coisinhas.
Enfim, trabalhei como trabalhei para eleger Serra porque acredito na capacidade dele! Gostaria de ser representada por ele. Já fui representada por ele em São Paulo e isso foi bom, na minha opinião. Estava lá de alma, a ponto dos colegas dizerem que nunca viram paixão tão grande por Serra.

Só que eu sou um pouco diferente. Eu me apaixono não pelo político, porque é bonzinho, ou carismático, ou amo suas idéias. Eu me apaixono pela causa de eleger aquele que eu acho que tem os melhores atributos para o Brasil. Serra até me irrita, frequentemente, mas eu gosto dele por tudo que disse aí.

Eis que o PSDB carioca me descobriu e me convidou para fazer parte do que eles disseram para mim que seria “uma nova política! Um novo plano de fazer política, inovador , sólido e com honestidade!” além de ser social democracia, né!

Assinei aquela ficha branca com orgulho e alegria e fui! De alma, corpo, cabeça, fazer de tudo que eu via que podia fazer pelo partido em que eu acreditava! Frequentei todas as reuniões que pude, articulei, planejei, doei idéias, fui para as ruas militar, dei centenas de telefonemas, mandei várias mensagens...tudo que eu via que eu podia fazer e era grande e era PSDB, lá estava eu.

Dei projetos que eu criei, dei palestras gratuitamente sobre o que eu mais sabia fazer, que era mobilização em Rede Social (Rede Mobiliza, certo?), dei mão de obra em eventos...tudo acreditando naquele projeto.
No meio do caminho, algumas verdades que eu não queria ver, começaram a aparecer. Como, por exemplo, o choque de perceber a ganância de MUITAS pessoas, não só por dinheiro mas por status! Status, não poder! Só ter o nomezinho ali para dizer que manda em alguma coisa, sabem como é?

Tive a ótima oportunidade, durante uma época, de estar bem no meio do jogo pelo status e pelo poder, mas de fora, organizando estruturas, vendo as baixarias acontecendo. Um não era respeitado pelos outros, apesar de eu achar um cara “bonzinho”, porque diziam que era menos eficiente e que só tinha poderes ali porque era filho de eleito. O outro fazia aliança com o diabo, tentou passar a perna na Rede Mobiliza, e tudo que faz pelo partido é recebendo dinheiro. Do outro lado, tinha um pessoal que eu achava que era mais competente, mas que depois fui perceber que não. E entre eles,  que deveriam ser PARCEIROS, usando o que tinham de melhor para fortalecer o partido, acontece uma briga de foice por poder e chegando ao fundo do poço com circulação até de dossiê, fabricação de delegado, assinatura falsa..parecia briga de bandido de morro pelo controle do tráfico! E era partidário, brigando entre si! Doeu!

Um dia, antes disso tudo, ouvi de dois membros da juventude tucana que estavam de saída para uma reunião secreta com um partido da situação. Eu, embasbacada, perguntei: “Mas o que é isso? Como assim? ELES?”. Resposta?: “Tudo é dinheiro! Se me pagarem, tá valendo!”.

Às vezes, eu demorava uma meia hora para me recuperar de choques como esses. AGORA?
Foi aí que surgiu a decisão de sair, porque agora, eu nem me espanto mais! Eles são assim mesmo!

E se eles são assim mesmo, eu vou citar a frase do cara que mais me decepcionou na juventude partidária, que me disse uma vez: “Se você está fazendo política por amor, você está fazendo pelos motivos errados!”.

E é NESSE partido que querem que eu permaneça?

Respondendo à pessoa que me mandou um tweet, dizendo que “Falando assim, parece até que só você trabalha!”, pelo perfil @psdbrj, que eu sei quem administra, mas bloqueei assim mesmo:  Não, não sou só eu que trabalho! Mas quem MAIS trabalha hoje, pelos MELHORES motivos no PSDB, é que está mais massacrado, esquecido, sem moral, sem apoio e sem perspectiva. Você é uma pessoa que trabalha e eu sei que trabalha bem, mas eu estou generalizando, sim! Porque para falar de partido político, não posso citar um a um.
E eu, já não venho trabalhando para o PSDB ou pelo PSDB há um bom tempo, porque me manter candidata, já foi tudo que eu podia fazer!

Com sinceridade,

Filhinha de Papai

3 comentários:

  1. É isso, o que todo mundo pensa da política hoje. Que tem um bando de safados com cifras nos olhos, cagando baldes pras necessidades do povo. E tem mesmo! O detalhe que quase ninguém imagina, é que tem gente boa e bem intencionada ali dentro. Gatos pingados, mesmo, sofrendo grandes decepções, mas tentando persistir, pra ajudar a mudar o futuro do país.
    Te admiro um tantããããããão assimmmmm!!!
    Persista!
    Beijo! Bar.

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  2. Deve ser por isso que temos tantos partidos no Brasil. Um grupo não está satisfeito num partido, sai e funda outro, que daqui a pouco tem os mesmos problemas ou defeitos do anterior se o motivo da saída for discordância de ideais ou se for a procura de um caminho melhor para se dar bem.
    Eu achava até a eleição do Lula, que o PT era m partido de maioria honesta e deu no que deu.
    As vezes eu tenho vontade de me filiar a algum partido, mas tenho esse receio, de chegar lá e ver que não aquilo que pensei.
    Tive um namorado que é envolvido com proteção animal e que se candidatou à vereador nas eleições de 2008, época que estávamos no começo do namoro, me envolvi na campanha, trabalhei que nem condenada, varei noite fazendo mala direta, minha casa virou comitê e tal. Ele não foi eleito. Após isso fui conhecendo-o melhor, e vi que ele, se eleito, até iria fazer algo de bom, mas o principal objetivo dele, era ganhar dinheiro, empregar parentes e outras coisas mais. Uau que decepção! Ele foi candidato esse ano de novo e graças, não foi eleito. Hoje voto em candidatos, que acredito, sejam honestos e bons políticos, independente de partido.
    Depois do PT, nunca mais votei em legenda. Do PSDB só votei em você.
    Desculpe o longo post
    E como já te disse, não desista e conte comigo sempre.
    Bjks, Denise Bachtold

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  3. esta é a vida partidária brasileira. Não é diferente em qualquer outro município brasileiro, infelizmente. O que precisa ser mudada é a mentalidade das pessoas que acessam os partidos na base, mesmo. Lutar para que estes maus políticos saiam dali e deem espaço aos que querem realmente trabalhar.
    Não devias ter saído, mas lutado para tirar estes vagabundos de lá. Não é diferente em nenhum outro partido, pois os bons calam-se ou saem, dando espaço aos maus.
    E, Denise, não adianta "votar na pessoa". Ela é refém do partido ao qual pertence! Mesmo que seja uma boa pessoa, vai ser atropelada pelo partido!

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