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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Desmotivada ficava a sua avó!

Nota à Imprensa
Foi publicada no Diário Oficial da União de hoje (25.01.2012) a exoneração do Senhor CÁSSIO RAMOS PEIXOTO, que exercia a função de Chefe de Gabinete do Ministro das Cidades. O Ministro Mário Negromonte destituiu o servidor de suas funções após constatar que ele estava desmotivado.

Parece piada, mas é real!

Eu ouvi dizer. Duvidei. Achei INFANTIL, mas fui conferir! E era real!

Em uma Nota Oficial à Imprensa brasileira, o Ministério das Cidades consegue cometer o disparate de alegar que destituiu o nomeado porque o cidadão estava desmotivado? 

Uma avalanche de denúncias vem assolando o Ministério das Cidades desde Novembro de 2011. O Brasil assiste a uma série de ocorrências, envolvendo o corpo ministerial, quase todas da mesma natureza: nossos líderes envolvidos intimamente com empresários. Tráfico de influência. E o caso Negromonte não difere do resto.

O “óleo dessa fritura” de Negromonte está esquentando há meses. Depois de muito justificar e nada explicar, agora, quase sem saída, o ministro acha de demitir seu chefe de gabinete. Decisão acertada, diante de tantas evidências que apontam irregularidades nas decisões do Ministério, a exoneração do senhor Cássio Ramos Peixoto não precisava nem ser explicada para o brasileiro. Ou poderia ser explicada com qualquer argumento ADULTO, mas “após constatar que ele estava desmotivado”??? Seria mais bonito escrever “porque ele ficou no ponto antes do Ministro, na fritura.”

Ah, Governo Federal! Faça-nos o favor! Não bastasse o “sapo gigante” que temos entalado em nossas gargantas, como o pior retorno dos nossos impostos pagos, recorde de denúncias de corrupção, impunidade generalizada e perda dos valores básicos de convívio em sociedade, ainda temos que ser subestimados ao ponto de lermos uma nota oficial alegando que o nomeado estava “desmotivado”? Desmotivada estou eu! Ao constatar a preguiça que vocês têm até de justificar uma exoneração natural!

Conselho? Para os assessores de imprensa dos Ministérios e do governo Federal em geral, além de nossos líderes: Não tem o que dizer, abstenha-se de comentar, para a gente engolir com mais facilidade!

Plagiando os publicitários da campanha do absorvente: “Desmotivada ficava a sua avó!”!

Desmotivada, mas sem cargo, porque Papai não é Ministro,

Filhinha de Papai

Rita Lee, no Pinheirinho alheio, é refresco!

Colei, aqui, a resposta do governador Marcelo Déda – PT, do Sergipe, ao blog do Moreno:

“Aracaju(SE), 29 de janeiro de 2012.

Meu caro Moreno,

Não posso responder ao Drummond - faltam-me engenho e arte. Mas posso, ao menos, contar o que aconteceu no sábado passado. É o testemunho de quem esteve lá e servirá para mostrar a abissal distância entre o episódio da Nara, que o Poeta Maior cantou e denunciou, e aquilo que aconteceu sábado no show da Rita Lee:


No último sábado, 28, fiz um programa igual ao de outros 20 mil sergipanos e turistas que curtiam o Verão Sergipe na praia de Atalaia Nova, no município de Barra dos Coqueiros, uma ilha paradisíaca entre o Atlântico e o Rio Sergipe - fui ver o show da Rita Lee.

Era a segunda vez que ela se apresentava no evento, um Festival gratuito, realizado nas praias próximas a Aracaju e organizado pelo governo do Estado, com o apoio de patrocinadores privados. Dessa vez seria especial, a rainha do rock pretendia encerrar neste espetáculo a sua presença nos palcos. Tenho 51 anos de idade e o som da Rita Lee sempre eseteve na minha "playlist". No local do evento me encontrei com minhas duas filhas, Marcella e Yasmin que também foram prá festa.

A minha expectativa era a melhor possível, o ambiente ajudava. A arena aberta, sem cercas ou qualquer restrição de entrada, na Praça de Eventos Jugurta Barreto, inaugurada na sexta, acolhia uma multidão bonita e alegre. Na noite anterior a banda de rock The Baggios abrira a noite e fora seguida pelos Paralamas do Sucesso e por Margareth Menezes. Um lindo espetáculo, pacífico, e sem qualquer incidente digno de nota, como é a característica do evento.

Mal sabia que iria testemunhar uma imensa confusão. Ainda no início do show, Rita Lee implicou com a presença da Polícia no evento. Reclamou da presença dos "capacetes". Disse que tinha "paranóia"de políca e que se sentia incomodada com a sua presença. Exigiu que os policiais saísem da praça, aconselhando-os a fumar um baseado e prender políticos corruptos. Era só o começo...

Alguns minutos depois, aparentemente sem nenhuma razão, sem que se pudesse perceber qualquer conflito ou briga no público, a artista começou a agredir verbalmente os policiais que faziam a segurança do evento com palavrões, ao mesmo tempo que pedia ao público um "baseado" e desafiava a polícia a prendê-la. "Cachorros", "cavalos", "cafajestes", "f.d.p.", foram algumas das expressões dirigidas aos policiais. O público, excitado e incentivado pela artista, respondia aos seus apelos de vaia e repetiam em coro as ofensas.

Foram momentos de grande tensão. Imagens produzidas por várias fontes foram postadas no You Tube e estão acessíveis a todos que queiram examiná-las.

Sou pai e pensei nos pais que esperavam em casa a volta daqueles meninos que ali estavam. Se um policial prendesse um dos fãs da cantora, como reagiria a multidão? Se um dos expectadores agredisse um policial, como reagiria a polícia? Se os policiais aceitassem a provocação e tentassem subir ao palco, o que poderia acontecer naquele evento? Confesso que temi uma tragédia. Um conflito entre policiais e um público de 20 mil pessoas jamais acabaria bem. A integridade física dos cidadão e dos policiais estavam em risco. Talvez o show terminasse com um ou mais corpos estendidos no chão... Orientei o comando a retirar os policiais do meio da multidão. A polícia atendeu a ordem e se comportou exemplarmente: ferida nos seus brios, agredida e vaiada, não revidou, não perdeu o controle, não agiu por impulso. Retirou-se de forma pacífica e organizada.

O show foi apresentado integralmente, com o tradicional "bis", sem que qualquer intervenção externa fosse produzida. Finda a apresentação as autoridades policiais presentes adotaram as medidas previstas na lei, registraram a ocorrência e ouviram a cantora, sem qualquer agressão ou ameaça à sua integridade, nem a da sua equipe.

Hoje as redes sociais amanheceram em reboliço. Opiniões de todo o tipo. Manifestações críticas e de apoio com a passionalidade tradicional nessas mídias. Quem lá estava apresentava suas versões, quem sequer chegara perto também fazia questão de baixar decreto e assinar sentença condenando a parte que julgasse culpada

O episódio foi encerrado, eu e a minha equipe lamentamos profundamente o acontecimento. Uma noite que tinha tudo para ser uma homenagem do público a uma das mais importantes artistas brasileiras transformou-se numa ocorrência policial. No entanto, como governador e cidadão não posso aceitar que o carinho natural que dedicamos aos artistas que admiramos, encubra a realidade e nos afaste de algumas reflexões necessárias:

1) Não é correto pedir para retirar a polícia de um evento em praça pública, aberto, gratuito, com um público estimado em quase 20 mil pessoas. É dever inafastável do poder público policiar a área e proteger o público e os próprios artistas.

2) A ação da polícia sergipana não foi abusiva. Não há um registro de excesso até agora. Se os policiais agissem de forma ilegal e violenta eu seria o primeiro a adotar as medidas para a punição de quem assim agisse. Eu estava no evento e não vi nenhum ato da polícia que justificasse a reação da cantora.

3) O artista tem o direito de expressar livremente a sua arte e as suas convicções sobre qualquer tema político, social, comportamental , etc., sem sofrer qualquer restrição ou ameaça. O artista tem o dever, inerente ao seu papel social, de denunciar a violência e o abuso quando os testemunha. Mas não pode se valer do seu prestígio e do carinho dos seus fãs para, sem qualquer justificativa, criar um clima de tensão e incitar o público contra a polícia, ofendendo e desacatando quem está ali com o dever legal de garantir a segurança pública, justificando-se com a afirmação de que aquilo "é rock´n roll".

4) Cumprir a lei pode ser chato e careta para alguns, mas ninguém está acima dela: nem o governador, nem o policial, nem o artista. Todos temos o dever de observá-la e o direito de buscar mudar aquelas que julgamos injustas.

5) Ninguém foi preso. O show foi concluído sem qualquer interferência. Prestar depoimento, com opção de poder fazê-lo 7 horas depois da ocorrência, não é prisão nem constrangimento ilegal. A artista foi conduzida à delegacia ao sair do evento porque preferiu assim e registrou no seu perfil no twitter. Foi ouvida com tranquilidade, sem mais incidentes e os seus argumentos registrados na forma legal.

6)Criticar a polícia pode ser mais fácil . Condenar aprioristicamente qualquer ação policial pode até dar ibope para alguns, mas eu não farei isso. Ninguém me contou, eu estava lá . Portanto, é meu dever solidarizar-me com os homens e as mulheres da Polícia Militar de Sergipe ofendidos de forma injusta e grosseira e elogiá-los pela forma como reagiram às provocações, evitando o conflito e preservando a integridade de todos.


Não sei genáriase foi Chico Buarque quem disse certa vez que nem toda loucura é sinônimo de genialidade e nem toda lucidez é sinal de velhice. Ouso dizer que viver o equilíbrio entre ambas - loucura e lucidez - produz grandes obras e eterniza grandes artistas. Continuarei a aplaudir e respeitar todos os que na vida e na arte constroem essa maravilhosa síntese.

Receba o forte abraço do seu amigo,

Marcelo Déda.”

Ora, Governador! Cadê a surpresa? O que exatamente o senhor esperava da “diva” (como disse o falante em demasia, Zeca Camargo) Rita Lee?

“Ritinha” como intitulou o polêmico Lobão, que sozinho já enfrentou as Polícias Militares de vários Estados brasileiros, sempre foi esquerdista, dita revolucionária, de ideologia “libertária” e, como todo habitante da capital de São Paulo já deve ter ouvido falar: provavelmente, maconheira.

Se o senhor, governador, não entendeu a manifestação da mais que sexagenária artista Rita Lee, eu explico: vosso partido, senhor governador, incutiu na cabeça do povo e, principalmente, daqueles mais alinhados com as idéias de esquerda, que a polícia é vilã, e o usuário de maconha é libertário.

USP: polícia vilã, maconheiro vítima;
Cracolândia: polícia vilã, ocupantes vítimas;
Pinheirinho: polícia “truculenta”, invasores vítimas...

E foi o SEU partido, senhor governador, que ensinou Rita Lee e o resto do povo como ela, que a polícia é truculenta de graça, e o resto é vítima. Mesmo que a polícia nem se mova! Só estarem ali, na cabeça dos “libertários”, é repressão à liberdade de expressão e artística.

SEU partido, governador, trocou o vermelho da estrela pelo vermelho dentro da alma, querendo sangue entre a população, de maneira que vosso governo negligencia a necessitada população brasileira, enquanto lava os cérebros dizendo que a culpa é “da elite”, enquanto fazem parte da elite, sim, econômica do País, seus colegas de partido.

Seus colegas de legenda, senhor governador, traçaram o plano perfeito. E se hoje o senhor está tendo problemas com a mídia, porque as polícias ganharam partidos, vá reclamar para seus dirigentes, senhor governador, porque a culpa é vossa.

Amargue, senhor governador, tendo que lidar com uma senhora que virou praticamente uma lenda no Brasil, mesmo tendo que livrá-la da pena cabível, porque se ela agiu como uma pessoa insana, a atitude não passa do fruto de vossa plantação!

Rita Lee no Pinheirinho alheio, senhor governador, é refresco! Se fosse em São Paulo, Gilberto Carvalho beijaria Rita, e pediria a prisão do governador! Agradeça, senhor Marcelo Déda, que a máfia está com o senhor!

Esperando mais prisões DEVIDAS,

Filhinha de Papai 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Onde deveria haver técnica e competência, há Política!

Política s.f. – Ciência do governo dos povos./ Direção de um Estado e determinação das formas de sua organização./ Conjunto dos negócios do Estado, maneira de os conduzir./ Fig. Maneira hábil de agir; astúcia; civilidade.
Fonte: Koogan/Houaiss, Enciclopédia e Dicionário Ilustrado, 1994.

Começando o post com o significado literal da palavra “Política” por quê?

Em primeiro lugar, tenho a impressão de que as pessoas naturais do Brasil esqueceram, ou optaram por ignorar, os sentidos da “Política”, enquanto substantivo feminino. Enquanto isso, usam em demasia o sentido figurado, também citado acima, onde “Política” é apenas a “maneira hábil de agir; astúcia”, porque a “civilidade” se foi há muito!
Além disso, ela não é uma Ciência comportamental! Teoricamente, deveria tratar do interesse dos povos. 

Mas o sentido figurado é muito pesado, muito forte e, principalmente, muito conveniente!
Comecei prolixa, mas quero chegar ao seguinte ponto: por que trocar TÉCNICA por POLíTICA?

Hoje, nosso País, em relação às contratações de empregados para as empresas públicas, funciona da seguinte maneira:
Existe a presença de funcionários de empresas prestadoras de serviço. Estes, não concursados, são de responsabilidade das prestadoras, e não da empresa pública;
A maioria dos funcionários passou por Concurso, sendo os melhores colocados em relação aos resultados de suas respectivas provas;
Cargos em comissão, às vezes, são ocupados por concursados, ou ocupados por indicados pelos Ministérios, Diretorias e Presidências.

Entendido? Então, os fatos que me incomodam (e deveriam incomodar ao brasileiro em geral):

Sérgio Machado, presidente da Transpetro, ex-PSDB e “afilhado” de Renan Calheiros, não concursado;

Marcos Vinícius Ferreira Mazone, presidente da Serpro, não é concursado. Veio de empresas da área (pelo menos), do Rio Grande do Sul;

Wagner Pinheiro, presidente da Empresa Brasileira de Correios, é ex-presidente da Petros, fundo de pensão da Petrobrás. Não tinha relação com os Correios;

Gustavo do Vale, presidente da Infraero, é ex Banco Central, não tinha relação com aviação, além de ser Diretor de Liquidação, do Banco;

Luciano Coutinho, presidente do BNDES, ex-diretor do Grupo Santander, também não é concursado.
.....

Gente, se eu for citar cada presidente de empresa pública da União que não é funcionário de carreira, ou seja, concursado, eu vou passar mais uns dez dias aqui, explicando o que, para mim, não tem muita explicação!

Por que é que para você ser presidente de uma empresa privada você tem que ter, geralmente, muitos e muitos anos de casa, ou ser dono dela, e para as empresas públicas, que operam com o dinheiro que sai do meu, do seu, do nosso bolso, os “bonitinhos” podem ser o “Zé da Esquina”?

Não que na listagem de presidentes, diretores e até assessores, não haja muita gente competente. Há, ainda, a ilustre presença de muitos dos melhores protagonistas das situações econômicas mais duvidosas pelas quais o País já passou. Mas, senhores, vamos e convenhamos, é ilógico!

Se o cidadão constrói um plano de carreira, ele deve ter pretensões a cargos maiores do que o inicial. E não é muito legal saber que você, por mais que trabalhe, seja brilhante, se esforce, mostre resultados, só vai chegar até um determinado patamar, porque a partir dali, não interessam seus adjetivos técnicos. Interessa apenas a sua habilidade de negociação!

O que eu queria provar? Que é exatamente aí que a técnica se perde a política entra, num lugar onde ela não deveria reinar absoluta!

É preciso talento no trato e nas negociações para ser um alto dirigente empresarial? Sim! Mas, ao pensar no melhor político, o Brasil está deixando de lado seus melhores técnicos, e, principalmente, as pessoas que têm mais amor às instituições.

Toda criança que tenha um mínimo de contato com mídia, já conseguiu aprender que o vínculo emocional é importante para que o funcionário colabore mais com a instituição.

E onde o dinheiro público nasce, cresce, se desenvolve, e gera o início da movimentação dos NOSSOS recursos, estão colocando o “amiguinho”, o “compadre”, a “pessoa de confiança”.

Confiança é um item importante para a gestão? Sem dúvida! Mas qual o nível de envolvimento com a instituição vai conseguir ter um presidente que assume o cargo por um ano, dois, três... Empresas de grande porte, com complexidades administrativas diversas, sendo geridas por pessoas que chegaram ontem, e vão embora amanhã.

O pior de tudo? A LEI respalda o comportamento.

E nós, perdemos nosso tempo discutindo os “pelos dos ovos”, ao invés de abrirmos nossos olhos e pedirmos a obrigatória prestação de contas desse povo todo! Se o dinheiro é meu, o funcionário também é meu! E eu deveria acompanhar o desempenho dele.

Vamos começar a vigiar?

Inconformada, mas enérgica,

Filhinha de Papai

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Corrija-me! Mas só se for o Reinaldo Azevedo.

É notório que sou fã, e muito fã, do trabalho de Reinaldo Azevedo.

O jornalista integrante da Revista Veja, é, para mim, quase que a tradução clara, concisa e elegante, de praticamente tudo que penso. Mas não possuo o talento do ídolo, infelizmente.

Assim, espero que encarem como uma homenagem, e não tentativa de plágio ou roubo de estilo, porque eu jamais o faria. Reinaldo Azevedo, para mim, é Rei! E que assim permaneça, mas hoje, eu preciso usar o estilo dele de “azulzinho e vermelhinho”, para comentar a tragicomédia que a amiga Vânia Santana me apresentou, pelo twitter. Em preto, o texto original que me foi apresentado. Em vermelho, minhas observações.

Comento, então, o mais novo absurdo vermelho a circular pelas Redes Sociais. Como o absurdo é vermelho, usarei a mesma cor para destacar meus comentários, que serão feitos ao longo do texto de autoria deles, que colei abaixo, na íntegra e sem edições.

"Abaixo-assinado Plebiscito pelo Impeachment do Governador Geraldo Alckmin
Para:Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, Tribunal de Justiça do Governo do Estado de São Paulo, Ministério Público de São Paulo

Começando pelo cabeçalho! Ruim, mas não posso pegar pesado aqui, se não, não sobra para o resto, que é muito melhor!

Nós, cidadãos paulistas, representados no Governo do Estado de São Paulo pelo Sr. Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho, pedimos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo pela realização urgente de um plebiscito que decida pelo impeachment do governador. 

“Plebiscito que DECIDA PELO IMPEACHMENT do Governador” ...engraçado! Na minha terra, plebiscito era para decidir pela vontade da maioria, que escolhe dentre as opções propostas. Mas não vinha com a ordem implícita do autor do pedido!

Embora 50,63% dos cidadãos paulistas tenham acreditado que o Sr. Alckmin tivesse capacidade de retornar ao governo para este atual mandato - seu terceiro no governo em uma década -, o que se sucedeu da tomada da posse foi a continuidade do recrudescimento das atitudes não democráticas, autoritárias e corruptas, que já vinham sendo construídas desde seus primeiros mandatos no governo, e que cresceu com seu antecessor (e sucessor do seu segundo mandato), o Sr. José Serra. 

Este segundo parágrafo é uma de minhas partes favoritas, porque eu adoro gente sem nexo! Observemos: “seu terceiro (mandato) em uma década”. Observar o quê? Além de que a pessoa que redigiu o pleito, no mínimo, não sabe contar até três, porque, como provo pela cronologia copiada do site OFICIAL do Governo do Estado (não, não pode mentir), Geraldo Alckmin exerce seu segundo mandato como governador
1972 - Eleito vereador em Pindamonhangaba
1976 - Eleito prefeito de Pindamonhangaba
1982 - Eleito deputado estadual (PMDB)
1986 - Eleito deputado federal
1988 - Filia-se ao PSDB
1990 - Reeleito deputado federal
1994 - Eleito vice-governador na chapa de Mário Covas (PSDB)
1998 - Reeleito vice-governador
2001 - Em 6 de março, com a morte de Covas, assume o governo de São Paulo
2002 - Eleito governador de São Paulo
2008- Assume a Secretaria de Desenvolvimento do governo paulista
2010 - Eleito governador de São Paulo
Fonte: http://www.saopaulo.sp.gov.br/orgaos/governador_perfil

E além da falta de nexo e erro matemático básico, este parágrafo me dá um certo prazer em função do conteúdo....emocional! Muito bom! Não fosse o problema de ser mentira!

Ainda em seus primeiros mandatos, no início dos anos 2000, escândalos envolvendo a Nossa Caixa, então pertencente ao Governo do Estado de São Paulo, foram abafados e jamais esclarecidos. Cerca de 30 milhões de reais em contratos de publicidade caducos foram desviados em esquemas de favorecimento para a base aliada do governador. 

“início dos anos 2000”, mais conhecido como: o mandato era de Mário Covas que FALECEU! Ele era vice. Assumiu o final do mandato do titular e foi eleito na eleição seguinte. Mau sinal?
Você está direcionando uma petição para órgãos do Poder Público. Entenda que este tipo de acusação, para valer em QUALQUER processo jurídico, precisa ser provada. Provou? Não? Então, você, que entrou com a Petição, pode ser processado por calúnia. Teve sorte porque o PSDB é bonziiiiinho que só!

No segundo mandato, em contratos para o metrô da cidade de São Paulo envolvendo a Eletropaulo, a Alstom teria dado em propinas para a base do governo ao menos 40 milhões de reais em esquemas de favorecimentos. Não só bastasse isso, descobriu-se que licitações - envolvendo bilhões de reais - das linhas Amarela e Lilás foram falsas, já que já se sabia dentro do governo quem seriam os "vencedores".

Não vou comentar esta parte, porque o mesmo se aplica aqui. Provou?
Adoro “teria dado”, “ao menos 40 milhões”...é tudo tão preciso, não? Fica parecendo que quem acusa, realmente, não tem muitas certezas.

Deputados estaduais da oposição tentaram criar várias CPIs para investigar não só estes casos, como inúmeros outros. Abusando do poder executivo e indo contra a Constituição, o Sr. Alckmin barrou a criação de quase todas. Seu sucessor de então, o Sr. Serra, conseguiu que sua base parlamentar na Assembleia Legislativa criasse, por lei, mecanismos que dificultam a criação de CPIs. 

Este parágrafo é tão hilário que a cada vez que leio e tento comentar, eu tenho um acesso de riso e acabo me perdendo, entrando em “looping”, porque tenho que ler de novo, e rio de novo, e perco de novo...
Eu gostaria de fazer alguma idéia de qual mecanismo criado por José Serra impede a criação de CPI’s. Havendo denúncia válida, não há motivos legais que impeçam a criação. De onde vocês tiraram isso? Aqui, novamente, reina a ignorância vermelha que acredita em mentiras que de tantas vezes contadas, viraram verdades para esses pobres frágeis.

Agora, em seu terceiro mandato, o Sr. Alckmin incorporou a postura violenta do Sr. Serra e aprendeu a fazer o uso extremo da força policial a seu dispor. Numa grave sequência de atitudes intransigentes e que ferem inúmeros princípios da Constituição Brasileira, dos Direitos Humanos e da liberdade de imprensa - pra falar no mínimo -, o Sr. Alckmin protagonizou a guerra contra os estudantes da Universidade de São Paulo, contra o bairro da Luz, na cidade de São Paulo, e contra a ocupação Pinheirinho, em São José dos Campos. Em todos esses casos, seus representantes, os pliciais militares, não estavam com as devidas identificações e, quando puderam, confiscaram câmeras e celulares que estavam registrando as ações. 

Em primeiro lugar eu quero dizer que o texto é pelego porque só a repetição dos termos utilizados já denuncia. “intransigência e insensibilidade social” é a alegação do PT, do senhor Gilberto Carvalho (aqueeele, mocinho inocente) e dos pobres enganados pela ideologia viúva de Woodstock, de que amor livre, drogas livres e terrenos invadidos livres são a maior manifestação do socialismo, que é o maior “remédio” contra o capitalismo destruidor que acabou até com a água em Marte, segundo boatos!
Em segundo e honroso lugar, vem a constatação e a ignorância maior do texto, o ápice, o apogeu: a Petição é direcionada ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o mesmo que expediu a ordem de reintegração de posse do caso Pinheirinho, cumprida, como manda a LEI, pela polícia Militar do Estado! Ao contrário do histórico de confrontos entre polícias de outros Estados e os Movimentos dos Sem Terra, DESTA VEZ, não houve mortos!
Terceiro lugar: O bairro da Luz foi cenário de uma ação policial novamente apoiada pela população, sem mortos. Todos reclamam da cracolândia, mas quando o lugar é ocupado, a polícia é intransigente.
Em quarto lugar, os estudantes da USP PEDIRAM a polícia no Campus, que sempre foi conhecido como violento, por ser escuro, muito arborizado e muito espaçoso. Pedem a polícia para evitar estupros, assaltos, furtos e demais crimes, mas querem o “DIREITO” de fumar maconha no Campus? E é o governador quem tem atitudes que ferem inúmeros princípios da Constituição Brasileira? Maconha não é legal, tá? Então, não pode fumar em território nacional!


As maiores mídias do estado e do país não só noticiaram os fatos com extrema parcialidade, como houve exemplos absurdos de adulteração das informações. Graças a equipamentos milagrosamente não confiscados e graças a relatos de pessoas que estiveram nesses locais, tivemos acesso às verdades e aos interesses por trás das ações. 

Fotos retiradas de blogs, vídeos montados com imagens antigas e similares, não são “verdades”. As maiores mídias do Estado e do País foram parciais, sim, para o lado dos pelegos como vocês, noticiando que foi massacre e até mentindo sobre supostos mortos. Parcialidade para quem? Em prol do governador eu não vi.


No caso da Universidade de São Paulo, o Sr. Alckmin está colhendo os frutos que plantou no início dos anos 2000, quando resolveu por dar início a uma paulatina redução orçamentária da Universidade, que intensificou seu sucateamento e evidentemente obrigou a diminuição da Guarda Universitária, dando respaldo à entrada da Polícia Militar no campus da capital. Uma vez dentro, a Polícia Militar do Estado de São Paulo passa a ter plenos poderes coercitivos necessários à proteção de um governo que sabe que está agindo a plenos poderes não democráticos. 

O Campus da USP é violento desde que meu irmão mais velho entrou lá pela primeira vez, em meados de 1986. As barbaridades que ocorrem no CRUSP são conhecidas pela maioria dos habitantes da cidade desde que eu era muito pequena. O uso abusivo de drogas, álcool, festas que danificam o patrimônio público, além dos crimes já citados, sempre foram assunto, a ponto de pessoas evitarem o período noturno de estudo, para não circularem pelo Campus escuro. Culpa do Alckmin? E onde não é democrático? Grande parte da população apoia e apoiou a ação da polícia. Isso não é Democracia?


Nos casos dos bairros da Luz, na capital, e de Pinheirinho, em São José dos Campos, as ações foram puramente por interesses imobiliários-especulativos que envolvem aliados de peso. As ações - todas bem registradas apesar das investidas contra - estão sendo analisadas por comissões nacionais e internacionais, por ferirem princípios básicos da vida e da democracia. 

Se vocês se referem ao fato do terreno da comunidade do Pinheirinho ter pertencido à falida empresa de Naji Nahas, como eu acabei de dizer: FALIDA EMPRESA! Então, o terreno será utilizado para pagar credores. Qualquer estudante de nível médio pode saber disso.
No bairro da Luz, o problema era simples: CRACK, amigos! Simples! Ponto de venda, troca, consumo....tem que ocupar!
E como TODOS já elucidaram, o Governo Federal poderia ter impedido a reintegração de posse no caso Pinheirinho.
Diante disso, do que é que vocês estão falando???

Pessoas estão morrendo e a mídia não está noticiando. 

Sim, óbvio! Todos os dias! Morre uma série de pessoas, todos os dias, no Brasil todo. Fato que a mídia não consegue noticiar todas! Mas você pode começar a acompanhar os obituários dos jornais. Lá tem bastante informação, também! Às vezes, não é porque não repercute que a mídia ignora. Os obituários dos jornais maiores costumam ser mais vastos.

Este governo do Sr. Alckmin não nos representa. 

Imagino que não, realmente, afinal, o governador é bastante equilibrado e tecnicamente muito competente. Provavelmente não os representa, diante do que podemos perceber sobre vossas ideologias, de acordo com a Petição publicada.

Pedimos, já, por um plebiscito que decida pelo impeachment do governador Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho. A democracia tem que voltar ao estado de São Paulo.

Se vocês querem democracia para o Estado de São Paulo, que tal sugerir um plebiscito que OFEREÇA o impeachment, e não que DECIDA por ele?

Os signatários

Aqui eu finalizo, dizendo que não me dei ao trabalho de colar os signatários, porque eu não quero dores de cabeça como as que tentam impetrar na cabeça do Reinaldo Azevedo. Ele leva na boa, eu ainda preciso treinar muito!
Como última observação, gostaria que o leitor prestasse atenção aos erros gramaticais! São divertidíssimos!


Eu, como fã que sou, pedi ao Reinaldo que escrevesse um post a respeito. Ele o faria com fatos e fotos, coisa que não consigo fazer, porque a pesquisa durante a confecção do post me atrapalha. Tenho que fazer antes. Dessa vez, fico devendo! E torcendo, para que “Tio Rei” atenda ao meu pedido!

Antes indignada, agora risonha,

Filhinha de Papai

Economia, estúpido!!!

Política de redução de juros do BC já produz alta da inadimplência
Por Diogo Martins | Valor
RIO – A política monetária expansionista praticada pelo governo, com redução de juros
combinada à diminuição da restrição ao crédito, começou a surtir efeitos no aumento de
inadimplência dos brasileiros, avalia a economista da Confederação Nacional do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) Marianne Hanson.
Em sua opinião, o reflexo da queda dos juros fez o nível de endividamento das famílias
brasileiras iniciar o ano em expansão, passando de 58,6% para 58,8% entre dezembro e
janeiro, conforme a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic),
divulgada nesta terça-feira. Esse resultado pôs fim a uma sequência de quedas na
inadimplência que durava há sete meses.
“As famílias estavam mais cautelosas ao longo de 2011 devido às medidas
macroprudenciais adotadas pelo governo, por isso, elas reduziram suas dívidas durante
o último ano”, afirma. “Mesmo com o aumento das dívidas em janeiro, é necessário
ressaltar que os brasileiros ainda continuam bastante cautelosos em matéria de
consumo”, complementa a especialista.
Marianne acrescenta que em fevereiro o endividamento das famílias deve ficar mais
“claro” e “maior”, em razão da obrigatoriedade de pagamento de impostos como IPVA,
IPTU e gastos com escolas.
“Esses fatores aumentam o endividamento por causa da falta de um planejamento
orçamentário familiar. Observamos esse movimento sazonal nos últimos dois anos”,
ressalta ela.
Por outro lado, completa a economista, o aumento do salário mínimo, no curto prazo,
deve ajudar famílias a reduzirem suas dívidas.
Apesar de esperar pelo aumento da inadimplência no próximo mês, a economista da
CNC afirma que o endividamento subirá moderadamente no primeiro semestre deste
ano, pois as famílias permanecerão cautelosas em relação ao consumo. Por isso,
Marianne acredita que as vendas do varejo registrarão baixo crescimento nos próximos
meses.
A Peic apontou que o aumento do endividamento ocorreu em janeiro, devido às famílias
com renda superior a dez salários mínimos. Nesse grupo, o endividamento em janeiro
foi de 53,4% ante 51,4% de dezembro. Em janeiro de 2011, 48,9% das famílias nessa
faixa de renda haviam declarado possuir dívidas.
Entre as famílias com renda inferior a dez salários mínimos, 59,5% estavam endividadas
em janeiro, proporção praticamente estável em relação aos 59,6% verificados em
dezembro e bastante inferior aos 61,3% de janeiro de 2011.
(Diogo Martins | Valor)”


O que diz a matéria publicada ontem, pelo Valor, copiada e colada acima?

“It’s the Economy, stupid!”

A frase célebre é de Bill Clinton, durante sua campanha em 1992, contra George W. Bush. 

Independente dos motivos que levaram Clinton a dizer o que disse, o segredo é: Economia, estúpidos!

A fórmula mágica que mantém a presidente no poder é simples! Simples como a declaração de Clinton. Explico:
Dias atrás, foi divulgada pesquisa onde a atual presidente contava com 59% de aprovação de seu governo para o brasileiro. Hummm....se o Brasil está como está, e hoje somos manchete no mundo todo por nossa total falta de competência, como é que a presidente tem 59% de aprovação de seu povo?

Continha de 2 + 2! A matéria do Valor foi citada por um motivo, é claro. E o motivo é esse:

Virou moda falar da “Nova Classe Média brasileira”.  A nova classe média que é composta por uma camada social que, há tempos, não tinha acesso a eletrodomésticos de última geração, eletrônicos, telefonia, automóveis...

Parabéns, governo petista! “Vocês” (não! Não tem absolutamente nada a ver com a brilhante política econômica desenvolvida ao longo do governo FHC, que possibilitou ao PT pegar um País organizado e em crescimento) conseguiram dar acesso aos menos privilegiados financeiramente, a vários benefícios antes considerados privilégio dos “burgueses”! E mais! Conseguiram criar uma nova classe socioeconômica: a Nova Classe Média!! Belíssimo trabalho!

Será?

Leitor, se você tem dois neurônios e leu a matéria que antecede o post, já entendeu onde eu quero chegar.

Um índice de endividamento que beira 60% significa que a população tem mais da metade de sua renda comprometida a futuro, ou seja, não se trata de dever mais da metade de seu salário com necessidades básicas. Significa que o que você tomou de crédito no mercado é mais da metade do seu salário.

Assim fica fácil! Os 59% da população que aprova o atual governo, pensou que o que foi dado à população não foi benefício, não foram melhores condições de vida, não foi DINHEIRO....foi CRÉDITO! E se foi crédito, um dia, você terá que ter DINHEIRO para pagar por ele!

Ainda voltarei e falarei muito mais sobre o assunto. Por hora, paro para que as pessoas tenham mente para refletir, antes que eu as esgote com um post excessivo!

Com desejo que o post inspire mentes melhores que a minha,

Filhinha de Papai

Acabaram as Férias, acabou a festa, mesmo que o Carnaval não acredite!

Ééééééé, amigos!

Voltei! A todo vapor!
Passei este tempo todo longe, porque estava longe do Brasil, depois longe da realidade política atual, depois longe de qualquer tempo para escrever.

Perto, novamente, anuncio e desejo:

- Que 2012 seja muito melhor do que os anteriores, apesar das previsões negativas;
- Que este blog continue a funcionar sem que eu seja tão negligente com ele;
- Que eu possa ter o prazer, além da obrigação que me acompanha a alma, de dizer a verdade e somente a verdade!

Feliz 2012! E....#oremos!

Beijos e Abraços,

Filhinha de Papai