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Política de redução de juros do BC já produz alta da inadimplência
Por Diogo Martins | Valor
RIO – A política monetária expansionista praticada pelo governo, com redução de juros
combinada à diminuição da restrição ao crédito, começou a surtir efeitos no aumento de
inadimplência dos brasileiros, avalia a economista da Confederação Nacional do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) Marianne Hanson.
Em sua opinião, o reflexo da queda dos juros fez o nível de endividamento das famílias
brasileiras iniciar o ano em expansão, passando de 58,6% para 58,8% entre dezembro e
janeiro, conforme a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic),
divulgada nesta terça-feira. Esse resultado pôs fim a uma sequência de quedas na
inadimplência que durava há sete meses.
“As famílias estavam mais cautelosas ao longo de 2011 devido às medidas
macroprudenciais adotadas pelo governo, por isso, elas reduziram suas dívidas durante
o último ano”, afirma. “Mesmo com o aumento das dívidas em janeiro, é necessário
ressaltar que os brasileiros ainda continuam bastante cautelosos em matéria de
consumo”, complementa a especialista.
Marianne acrescenta que em fevereiro o endividamento das famílias deve ficar mais
“claro” e “maior”, em razão da obrigatoriedade de pagamento de impostos como IPVA,
IPTU e gastos com escolas.
“Esses fatores aumentam o endividamento por causa da falta de um planejamento
orçamentário familiar. Observamos esse movimento sazonal nos últimos dois anos”,
ressalta ela.
Por outro lado, completa a economista, o aumento do salário mínimo, no curto prazo,
deve ajudar famílias a reduzirem suas dívidas.
Apesar de esperar pelo aumento da inadimplência no próximo mês, a economista da
CNC afirma que o endividamento subirá moderadamente no primeiro semestre deste
ano, pois as famílias permanecerão cautelosas em relação ao consumo. Por isso,
Marianne acredita que as vendas do varejo registrarão baixo crescimento nos próximos
meses.
A Peic apontou que o aumento do endividamento ocorreu em janeiro, devido às famílias
com renda superior a dez salários mínimos. Nesse grupo, o endividamento em janeiro
foi de 53,4% ante 51,4% de dezembro. Em janeiro de 2011, 48,9% das famílias nessa
faixa de renda haviam declarado possuir dívidas.
Entre as famílias com renda inferior a dez salários mínimos, 59,5% estavam endividadas
em janeiro, proporção praticamente estável em relação aos 59,6% verificados em
dezembro e bastante inferior aos 61,3% de janeiro de 2011.
(Diogo Martins | Valor)”
O que diz a matéria publicada ontem, pelo Valor, copiada e colada acima?
“It’s the Economy, stupid!”
A frase célebre é de Bill Clinton, durante sua campanha em 1992, contra George W. Bush.
Independente dos motivos que levaram Clinton a dizer o que disse, o segredo é: Economia, estúpidos!
A fórmula mágica que mantém a presidente no poder é simples! Simples como a declaração de Clinton. Explico:
Dias atrás, foi divulgada pesquisa onde a atual presidente contava com 59% de aprovação de seu governo para o brasileiro. Hummm....se o Brasil está como está, e hoje somos manchete no mundo todo por nossa total falta de competência, como é que a presidente tem 59% de aprovação de seu povo?
Continha de 2 + 2! A matéria do Valor foi citada por um motivo, é claro. E o motivo é esse:
Virou moda falar da “Nova Classe Média brasileira”. A nova classe média que é composta por uma camada social que, há tempos, não tinha acesso a eletrodomésticos de última geração, eletrônicos, telefonia, automóveis...
Parabéns, governo petista! “Vocês” (não! Não tem absolutamente nada a ver com a brilhante política econômica desenvolvida ao longo do governo FHC, que possibilitou ao PT pegar um País organizado e em crescimento) conseguiram dar acesso aos menos privilegiados financeiramente, a vários benefícios antes considerados privilégio dos “burgueses”! E mais! Conseguiram criar uma nova classe socioeconômica: a Nova Classe Média!! Belíssimo trabalho!
Será?
Leitor, se você tem dois neurônios e leu a matéria que antecede o post, já entendeu onde eu quero chegar.
Um índice de endividamento que beira 60% significa que a população tem mais da metade de sua renda comprometida a futuro, ou seja, não se trata de dever mais da metade de seu salário com necessidades básicas. Significa que o que você tomou de crédito no mercado é mais da metade do seu salário.
Assim fica fácil! Os 59% da população que aprova o atual governo, pensou que o que foi dado à população não foi benefício, não foram melhores condições de vida, não foi DINHEIRO....foi CRÉDITO! E se foi crédito, um dia, você terá que ter DINHEIRO para pagar por ele!
Ainda voltarei e falarei muito mais sobre o assunto. Por hora, paro para que as pessoas tenham mente para refletir, antes que eu as esgote com um post excessivo!
Com desejo que o post inspire mentes melhores que a minha,
Filhinha de Papai
Nesta sua ótima análise, pude constatar a mais óbvia e explicita arquitetura deste governo. Dar crédito à pobres faz com que enriqueça os ricos. Tanto aos banqueiros, como aos empresários. Que é justamente pra quem o governo atual governa. Quanto ao aumento do mínimo,nem sequer dará pra encobrir a inflação. Porque 6,5% faz parte do "me engana que eu gosto!"
ResponderExcluirBjs
oi...concordo...em genero, numero e degrau...a farra do crédito no mercado imobiliario americano, recentemente, foi uma as causas da quebradeira que rebaixou o país...me corrija se eu estiver enganado...o mensaluLLa mandou abrir os cofres...dar crédito pra patuléia e ela vai quebrar...e os balanços dos bancos oficiais não vão mostrar isso porque afinal estão ainda sendo controlados pelos ladrões...mas a conta vai sobrar pra novacrassemedia do canabrava do abc...
ResponderExcluirValeu!
ResponderExcluirVc está correta na sua análise.
Abração!!!
Quando o governo passado abriu os arquivos do inss para que um banco privado ofertasse grana em empréstimo consignado (sem risco algum, portanto) o companheiro presidente falou na imprensa que estava fazendo uma grande coisa. Depois veio à tona a negociata que foi feita com o tal banco, que acabou vendendo sua carteira para a CEF. Belo negócio! Bem, os infelizes aposentados que comprometeram seu ínfimo futuro fazendo tais empréstimos, já reformaram para tentar melhorar seu ganho mensal, comprometendo um pouco mais do futuro. Estes não tem sequer a possibilidade de serem inadimplentes (não com estes, pelo menos...)
ResponderExcluirA tal nova classe média, que ganhou um cartão de loja ou de crédito com um limitezinho de 500 reais, foi às compras. No primeiro mês que não conseguiu pagar além do mínimo, já percebeu o problema em que se meteu. Fala-se na redução dos juros mas o que significa isso para quem paga 18, 19% de juros ao mês?
Um país se faz com o consumo interno. Verdade! Mas também se faz com a poupança e com os investimentos em educação, infraestrutura, segurança e saúde. A classe média se endivida com tudo isso, enquanto paga impostos que deveriam servir exatamente para que ela tivesse isso. A equação é muito complicada e não pode ser resolvida com politicagem, com manobras e ações que só tem efeito midiático.
O risco - para o governo - é que esta nova classe média perceba que está sendo espoliada, como a antiga classe média. E cobre isso dos governantes. Mas, convenhamos, isso é bem difícil pois a pequena grana extra não veio acompanhada de um pouquinho de conhecimento...