Continuando a série de propostas como candidata a vereadora
pela cidade do Rio de Janeiro, exponho a segunda: Proposta 2 – Retomar o
extinto “Universidade Solidária”, no âmbito municipal.
Nem todos têm conhecimento de que um dia o Brasil contou com
um programa chamado “Universidade Solidária”. Nele, as Universidades indicavam
alunos para atenderem demandas de determinadas comunidades, que o próprio
governo, às vezes, não conseguia atender.
A idéia é bastante simples e barata. Basta conhecer um
pouquinho de Rio de Janeiro e saberemos que basta boa vontade.
Hoje, é imensa a quantidade de jovens que chega nas cadeiras
das Universidades particulares sem terem qualquer experiência na área que estão
estudando. Estou vivendo este momento, diariamente. Voltei à graduação, em
Universidade particular no Rio e convivo com uma quantidade imensa de jovens
cuja única ocupação hoje é estudar, e que nunca trabalharam na área do Direito,
que é o meu curso, por exemplo.
Se frequentarmos as praias, veremos muitos desses jovens
matando seu tempo, também. Algumas áreas acadêmicas têm excesso de vagas para
estágio. Já em outras, é muito maior a quantidade de alunos do que essa
quantidade de vagas. É o caso do Direito, por exemplo, onde muitos não
encontram nem estágio voluntário, por
excesso de cursos na área e, consequentemente, excesso de estudantes.
Todo curso de graduação superior exige horas de estágio
supervisionado para que o aluno cumpra seu curso todo e receba seu diploma. Então, o estudante, em
algum momento, vai ser obrigado, ganhando dinheiro para isso ou não, a estagiar
e aprender a profissão e sobre a vida com alguém, correto?
Por que não com a Prefeitura, em parceria?
A prefeitura precisa de força de trabalho. O estudante
precisa aprender a profissão. Unir o útil ao agradável se aplica? Penso que
sim!
Não é válido se utilizar do estudante como se fosse ele o
profissional da área. Aí, não! Mas não pode, por exemplo, um aluno do curso de
Ciências Sociais, contribuir logo no início de seu curso com as ações da Prefeitura e ainda aprender, na prática, como funciona a vida de um profissional formado
e contratado formalmente? MUITO!
Quando tomei conhecimento do extinto programa, alunos do
curso de Biologia, por exemplo, colaboravam com o que aprendiam logo no
primeiro período do curso: noções de saneamento básico essencial. Coisa
simples, mas que muita gente desconhece! Útil para todos! Alunos de Letras,
colaboravam no trabalho de alfabetização, Medicina ajuda nos hospitais, Direito
ajuda na conscientização sobre os próprios direitos para o restante da
população...e assim vai.
Nem todos os cursos superiores existentes permitirão a
parceria no projeto. Alguns, como citei, possuem vagas demais e estudante de
menos. Mas falta muita mão-de-obra por parte da prefeitura para a população
mais carente de dinheiro. Em casos como os que já expliquei, a experiência
beneficia aos três: Prefeitura, aluno e instituição de ensino.
Sendo assim, não vejo motivo para esperar ou não propor!
Com saudade de 1997,
Filhinha de Papai
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