A máfia verde fará ao Brasil uma proposta que ele não poderá recusar!
O título recorda a célebre frase de Don Vito Corleone, em O Poderoso Chefão, quando o mafioso tem certeza da execução de sua vontade desejada pela vítima, em razão da coação que esta irá sofrer. E assim ocorre em toda a América Latina e África: a máfia em questão age com vontade e força potestativa, conquistando milhares de jovens bonzinhos para a execução de seus planos, sejam eles de boa ou má intenção, maconheiros ou simpatizantes da legalização, rebeldes com ou sem causa ou simplesmente insatisfeitos com o sistema desigual e selvagem, fruto do capitalismo americano e do modelo de economia neoliberal malvada. O México a famiglia forçou a entrar no NAFTA, para que o país fosse superabastecido com o milho americano subsidiado, o que fez a agricultura local quebrar e nunca mais se recuperar. A África, rica em carvão e petróleo, é impossibilitada de explorar seus recursos em face aos seus capangas internacionais, que exigem que toda a sua vegetação seja preservada, mesmo que isso custe a vida de milhares de africanos que necessitam urgentemente plantar para comer. Não estou falando de mafiosos sicilianos, estou falando das ONGs internacionais ecofundamentalistas, e, sim, elas já chegaram ao Brasil e estão no poder.
O documentário The Great Global Warming Swindle denuncia a índole manipuladora de tais ONGs, mas interessante mesmo é o relato do co-fundador do Greenpeace, Dr. Roy Spencer. Este afirma que o Greenpeace, quando criado na década de 80, tinha como objetivo a postulação de meios que preservassem o meio-ambiente em prol da economia de recursos e do uso futuro destes, mas a queda do Muro de Berlim contribuiu para que muitos dos amantes da cortina de ferro soviética, agora soltos pelo mundo, adentrassem e politizassem a organização, de forma com que Spencer asseverou, em certo momento, absurda a luta da organização contra o uso de cloro. Ocorre que o cloro é basicamente importante no tratamento de águas, e obviamente não havia razão para tal atitude, salvo se existisse um interesse maior por detrás, e existia. Não obstante a luta do cloro, oGreenpeace iniciou lutas políticas contra o uso de energia nuclear limpa, contra o uso de agrotóxicos - necessários para uma produção maior e um alimento mais limpo -, contra a plantação de alimentos transgênicos - que há mais de 20 anos são plantados nos Estados Unidos - e agora, contra o "novo mal da hora": a plantação brasileira de alimentos em morros - também chamadas de várzeas - praticadas há mais de um século por imigrantes italianos e alemães que sempre dependeram de tal porção de terra para sua sobrevivência, especialmente na serra gaúcha e em Santa Catarina.
O caso das várzeas se confunde a todos os casos previstos pelo projeto do novo Código Florestal, que ainda falta ser aprovado em votação, no Senado da República. A última grande modificação do Código Florestal ocorreu em 2001, onde foram adicionadas diretrizes completamente absurdas, como a transformação das costas de rios, lagos e mares de trinta a quinhentos metros de distância em Áreas de Preservação Permanente, independentemente destes se localizarem em áreas urbanas ou rurais. Ademais, trouxe a obrigação de preservação das supostas "matas nativas" fixando elas, sem qualquer critério, no mínimo de 20% de todas as propriedades rurais, sob pena de supressão, indiferentemente do fato do Brasil ser uma enciclopédia em termos de vegetação. Claro, a penalidade é excluída, segundo o Código, se o dono da propriedade preencher essa área com árvores frutíferas ornamentais ou industriais, compostos por espécies exóticas. Ou seja, alguém aí já viu alguma seringueira à venda em algum supermercado gaúcho? Em outras palavras, é um preservar por preservar, sem qualquer utilidade humana ou pública, em que se desconsideram totalmente ambas em prol do silêncio e aprovação dos "hippies" do exterior e dos traidores do bem público que aqui trabalham como suas células.
É óbvio imaginar o encargo de tal legislação para o pequeno produtor - aquele que possui menos de dez hectares de terra - que para o sucesso do plantio e sobrevivência familiar, depende da ocorrência de chuva, pois não detém capital ou conhecimento de engenharia e tampouco espaço para montagem de uma barragem em sua propriedade. Não somente isso, o pequeno simplesmente não sobrevive em meio a um dólar baixo e um Mercosul que, com moedas mais desvalorizadas e a produção rural das mesmas espécimes, vêm para o território brasileiro competir com melhores condições do que o próprio brasileiro. Em suma, ocorre o mesmo com toda a indústria, exceto a automotiva, que sempre possui subsídios governamentais para barrar a competição argentina ou uruguaia, como se o Brasil fosse apenas produtor de carro, e não de alimentos, calçados, etc. Assim, imagine tomar, para preservação, pedaços de terra em uma área que certamente já não é mais nativa, de um produtor em tais condições.
O novo Código Florestal em tramitação apenas permite que essas áreas de preservação - agora melhor caracterizadas e flexibilizadas pelo projeto de lei aprovado na Câmara - sejam legisladas, não pela União - que dificilmente saberá diferenciar uma floresta tropical de um pampa gaúcho, como de fato não soube -, mas pelos estados, onde essas áreas estão de fato inseridas! Quando os politicamente corretos falam que o desmatamento foi legalizado, eu pergunto, onde? Extração ilegal de madeira nativa da Amazônia continua sendo crime ambiental, tal como vazamento de combustível em mares territoriais. Então o que os fanfarrões da razão escondem? Simples: agora, em caso de interesse público, do qual somente o Estado poderá se pronunciar a respeito, poderá ocorrer atividade na área em questão, colocando a pessoa novamente acima do meio-ambiente, ao mesmo tempo que continua sendo crime qualquer ação nociva a ele.
E agora, pergunto: "quem são a holandesa Greenpeace e a belga WWF para se meterem no que é melhor para os brasileiros? Se o que é melhor para nós não interessa a eles, desde que nos mantenham com mato de sobra, mas produção alimentícia de menos?". Há uma semana atrás, no blog do Reinaldo Azevedo, foi publicada uma cartilha de uma ONG chamada David Gardiner & Associates - que se auto-afirma uma empresa estratégica para a sustentabilidade ambiental -, da qual fica bastante óbvio o objetivo destas organizações no sentido de tornar nossas áreas verdes em territórios proibidos dos quais o meio-ambiente será preservado, enquanto a agricultura deles se torna forte o suficiente para que sejamos seus futuros clientes e não nos falte alimentos. Ora, a produção brasileira, sem Mercosul, seria igual ou maior a americana! Porém, não foi a primeira vez que segundas intenções de ecofundamentalistas ficam à vista de terceiros. Os e-mails da Unidade de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia, que vazaram no fim de 2009, provam que o Dr. Phil Jones, chefe da unidade na época, sugeriu a exclusão dos dados do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU, por haver certeza da manipulação dos dados em relação a um suposto aquecimento global. Agora, resta saber da presidente, que já se declarou contra o novo Código Florestal, se seremos para os gringos o Brasil in the jungle que eles desejam ou o Brasil independente, tal como nossa Constituição nos descreve e nosso povo afirma ser.
Bruno Dornelles de Castro - 19/08/2011
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