Eu estou afastada, devendo um post seríssimo ao amigo João
Bolsoni, sobre o fim dos fundos teoricamente destinados ao trabalhador, mas
tive que fazer um protesto rápido aqui, antes de qualquer coisa!
Definitivamente, estamos vivendo a “ode ao desvalor”!
Diariamente!
Não bastasse a “Cachoeira”, a enxurrada, a lama toda que
está vindo a tona sem que eu tenha olhos para acompanhar tanto escândalo
estatal, grande parte da população realmente enlouqueceu! É minha humilde
opinião!
Criminoso condenado presidindo comissão. Político safado confesso saindo de santo
porque denunciou outro safado. Supremo Tribunal Federal cometendo estupro à
Constituição Federal... é, realmente, o país da piada pronta. E vai continuar a
ser, porque a população só colabora!
Fora o fato de muita gente achar que porque não trabalha o
Estado tem obrigação de sustentar, fora o fato do brasileiro, em geral, ter
dificuldade em focar outra coisa que não seja o próprio umbigo, fora o fato do
brasileiro, em geral, ter preguiça de urna, agora o responsável tem a
responsabilidade de carregar o encostado! Cuidado que pode virar lei!
Universidade, dias normais entre Abril e Maio:
Fomos nós, os alunos, naturalmente submetidos a uma série de
avaliações bimestrais. A primeira nota a ser divulgada? História do Direito
(para quem não acompanhou, voltei ao curso de graduação, em Direito). Notas
boas, notas ruins... nada fora do normal.
A professora é extremamente dedicada aos alunos. Preocupada
com o fraco desempenho de alguns, ela oferece uma oportunidade extra de
recuperação de nota: um trabalho escrito sobre a relação entre o Direito romano
e nosso Código Civil. Básico, para quem pretende, pelo menos, advogar um dia na
vida!
Eu preciso melhorar minha nota? Nem tanto. Consegui nove dos
dez pontos da avaliação, estando tranquila para a próxima, onde se eu conseguir
míseros cinco pontos, já não preciso me preocupar com o próximo semestre. Isso
se eu não gostasse de estudar. Claro que vou escrever sobre o assunto proposto
e tentar ficar com doze, uma vez que o trabalho vale até três pontos
adicionais. E o assunto é de extrema importância acadêmica! Não posso perder.
Nerd? Geek? Divirtam-se! Nenhum deles me ofende! Se eu
almejasse apenas um diploma, poderia comprar um, como fizeram alguns de nossos
governantes. Mas eu insisto em ter valores que já não sei se valem algo!
Durante o anúncio feito pela professora, de que o trabalho
pode ser realizado em grupos de até três pessoas, recebo um convite de uma
colega para compor um trio com ela. Aceito o convite. Monto nosso trio
convidando outro colega.
SEIS dias depois, a colega, que até então não havia mais
tocado no assunto, reforça sua posição de parte do trio, mas não pede tarefas
nem se propõe a nada. Não forço! Não tenho obrigação de procurar pela pessoa
que quer A MINHA ajuda, em minha opinião.
Já O colega, pede tarefas e trabalha comigo desde o primeiro dia.
Dia de entrega do trabalho, quatorze dias depois do anúncio.
A colega jamais tocou no assunto novamente. Eu e o outro colega, terminamos
tudo, imprimimos, encadernamos e entregamos nosso texto, no dia 09/05, o
marcado pela professora. A colega? Não tinha COMPARECIDO às aulas novamente,
desde a semana anterior. Só apareceu para completar as avaliações bimestrais. Sua
última aparição na Universidade havia sido no dia 07/05, dia de avaliação
bimestral. Sem tocar no assunto do trabalho, a ser entregue dois dias depois.
Nada! Fiquei quieta novamente.
Eis que no dia QUINZE de Maio, seis dias depois da ENTREGA
do trabalho, ela aparece. E resolve me questionar a respeito. Informo,
delicadamente, que o trabalho estava entregue, sem os créditos a ela,
obviamente, que não tinha crédito algum, por pura omissão.
Agora a ode: ELA FICOU BRAVA! Sim, leitor! Ela ficou
enfurecida! Como se eu tivesse arquitetado tudo para acabar com a vida dela!
Achou-se no mais pleno direito de BRIGAR comigo, pela falta do crédito! Em
público! Com testemunhas! Prometo!
Resumo da ópera: eu, aluna dedicada, ferrenhamente contra a
fraude acadêmica, sou agressivamente questionada e condenada por uma colega
porque eu não compactuei com a fraude que ELA queria aplicar, usando o MEU
texto para tal. O leitor não acha bonitinho? Eu achei!
Para o amigo Daniel Ramos, que vive em crise existencial
porque é homem de valor, aviso novamente, agora oficialmente: errado é você,
amigo! Errado é você que não compactua nem trabalha para a fraude alheia!
Porque nós, pessoas que lutamos pelo sucesso oriundo do
esforço pessoal, somos os “extraterrenos” dessa Terra maluca que, pelo visto,
está girando ao contrário!
Com esperança de um pingo a mais de vergonha a cara alheia,
Filhinha de Papai